Debates tiveram como tema as formas de prevenção de demências como o Alzheimer 

O projeto de extensão “MemorIDADE: Oficina da memória para idosos participantes da UnAPI/UFMS” abriu espaço para a participação de geriatras nos dias 28 e 29 de outubro, com o objetivo de esclarecerem dúvidas das pessoas idosas e explicarem aspectos do processo demencial ao longo do envelhecimento, com foco na doença de Alzheimer.  Participaram como palestrantes o médico geriatra Marcos Pereira e a médica geriatra do Hospital Universitário Maria Aparecida Pedrossian, Marta Driemeier.

O “MemorIDADE” teve início no dia 21 de outubro e está mantendo suas atividades de maneira remota durante a pandemia da Covid-19. Atualmente, 26 idosos estão inscritos nas aulas e são divididos em dois grupos.  A professora da Faculdade de Medicina da UFMS e coordenadora do projeto, Rosimeire Seixas, avalia esses espaços como importantes para que as pessoas idosas possam compartilhar suas dúvidas, angústias e medos em relação às falhas de memória. “É importante compreendermos quando as falhas de memórias podem estar sinalizando o início de um processo demencial. Com esse intuito, convidamos os especialistas na área da Geriatria para participar desse momento de educação em saúde, a fim de contribuir para o autocuidado e a qualidade de vida dos nossos idosos”.

O médico geriatra Marcos Pereira iniciou a sua fala parabenizando os idosos presentes na Oficina. “O cérebro é muito análogo ao corpo, por isso nós precisamos de um cérebro exercitado para que a gente continue com uma memória boa, com as atividades psíquicas adequadas. Então todos estão de parabéns, com certeza já estão fazendo uma reserva de memória, para terem menor chance de ter demência nos próximos anos”.

Os idosos participaram ativamente fazendo perguntas aos especialistas, compartilhando suas experiências pessoais e preocupações com as falhas de memória. Além de esclarecerem sobre quando devem se preocupar com o esquecimento, os médicos ressaltaram que há vários tipos de demência, embora a Doença de Alzheimer seja a mais conhecida.

A médica geriatra Marta Driemeier chamou a atenção para a demência vascular, bem como para a necessidade de realização de testes cognitivos, uma forma de avaliação “imprescindível” para o acompanhamento da saúde do idoso. A especialista ainda ressaltou sobre a necessidade de manter atividades físicas regulares e alimentação saudável para preservar a memória.

Após a roda de conversa, os idosos extensionistas fizeram a leitura da história “Será Alzheimer, doutora?”, do livro “Pacientes que curam: o cotidiano de uma médica do SUS”, escrito pela médica Júlia Rocha. O objetivo foi gerar discussões sobre os aprendizados que tiveram no encontro.

Na avaliação dos médicos convidados, as atividades do MemorIDADE configuram como uma ferramenta importante para a prevenção de demências e um grande estímulo cognitivo, já que proporcionam novas aprendizagens. Os convidados finalizaram parabenizando os idosos pela participação nas atividades proporcionadas pelo Programa Institucional da Universidade Aberta à Pessoa Idosa – UnAPI/UFMS, as quais possibilitam a promoção de um envelhecimento ativo e saudável.

Texto: Rosimeire Seixas – Edição: Alicce Rodrigues