O que perdemos ao não tocar nos outros

Postado por: CARLA ANDREA LOPES SOARES

Ausência do contato pela pandemia cobra seu preço. “Evoluímos como seres cuja necessidade de tocar e ser tocados é fundamental para uma vida saudável”, diz o antropólogo Agustín Fuentes.

O tato é o sentido mais desenvolvido de um recém-nascido, sua primeira comunicação com o mundo exterior. Uma pesquisa divulgada pela revista EclinicalMedicine e promovida pela Organização Mundial da Saúde (OMS) colocou em evidência a importância de que os recém-nascidos tenham um contato próximo com suas mães logo quando nascem. Porque paradoxalmente, e ainda que em muitos países o bebê seja separado da mãe pelo risco de que possa ter covid-19, esta ausência de contato expõe o bebê a um risco maior de morte do que o vírus o faria.

Agustín Fuentes, professor do departamento de Antropologia da Universidade de Princeton (Estados Unidos), explica: “Os seres humanos evoluíram como seres cuja necessidade de tocar e ser tocados, conversar, debater e rir juntos, sorrir e flertar entre si, e interagir em grupo é fundamental para uma vida saudável. O próprio funcionamento dos sistemas neurobiológicos, dos hormônios e enzimas que circulam pelas artérias, os intestinos e outros órgãos, está ligado às relações com os outros”.

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